terça-feira, 9 de agosto de 2011

O ESTIGMA

Toda sociedade tem seu padrão de normalidade, ou seja, o que é considerado aceitável dentro de padrões estéticos, comportamentos e atitudes, dentre outros, para todos os seus membros. Essas normas podem variar em relação ao gênero (um padrão de comportamento para homens e outro para mulheres), ao poder aquisitivo e até à ocupação do indivíduo. Mas todos aqueles que não estiverem dentro desses padrões são vistos como diferentes ou anormais (não-normais, fora da norma ).
Os indivíduos fora da norma são os chamados estigmatizados, porque apresentam alguma característica física, social ou cultural (o estigma) que os diferenciam do restante do grupo. Essa característica faz com que sejam percebidos como diferentes e dificulta, quando não inviabiliza, sua plena integração naquela comunidade. Podemos dividir os estigmas em três grupos distintos:
1. estigmas relacionados com alguma característica “visível”: física ou corporal. Nesse grupo, encontramos os deficientes físicos, os amputados, os portadores da síndrome de Down;  
2. estigmas relacionados às características pessoais ou a algum traço de personalidade ou de comportamento que é visto de maneira depreciativa pela comunidade. Podemos situar nesse grupo os mendigos, os alcoolistas, os homossexuais;
3. estigmas que não estão ligados ao indivíduo pessoalmente, mas à raça, religião ou qualquer outra característica do grupo familiar ao qual ele pertença. Exemplo: judeus, negros, espíritas.
Comumente, em todos esses grupos o estigma apresentado pela pessoa é a “marca” de seu relacionamento com a comunidade. Aquela característica física, cultural ou familiar, que o distingue das pessoas ditas normais, obscurece todas as outras características pessoais. Por exemplo, um músico com deficiência visual é conhecido na comunidade como “aquele compositor cego” ou “aquele ceguinho que canta bem”, e não apenas como músico.
A relação da sociedade com o estigmatizado pode ser de superproteção ou de rejeição, mas nunca de indiferença. De um jeito ou de outro, o grupo estará, mesmo sem se dar conta, impedindo aquela pessoa de desenvolver-se e ter uma vida dentro dos padrões de normalidade adotados pela comunidade.
(Ministério da Saúde)

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