No Brasil, as eleições para preenchimento de cargos públicos eletivos no Poder Legislativo e Executivo ocorrem de dois em dois anos. Nesse período de intensa campanha eleitoral entra em pleno funcionamento a indústria da compra de voto. O pleito eleitoral transforma-se em um grande balcão de negócios, onde a principal mercadoria é o voto do eleitor. Negocia-se voto em troca de remédio, de consulta médica, de pagamento de conta de luz, água, carnê de loja, em troca de emprego sem concurso público, o mais comum, mas o que o eleitorado "consciente" gosta mesmo é de ver a cor do dinheiro. Isso explica as licitações fraudulentas e as obras e serviços públicos superfaturados, as doações altíssimas nas campanhas eleitorais feitas por empreiteiras que contratam com o setor público. Já imaginaram se o voto não fosse obrigatório. Quanto menor o município, maior o curral eleitoral, o voto é de cabresto mesmo.
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